Nesta altura que atravessamos, mais que em qualquer outra altura, sinto que tenho as horas e até os minutos contados a cada dia que entro. Se é bom isto acontecer? Não necessariamente. Contudo, também não tem de ser necessariamente mau. Passo-vos a explicar o porquê. O facto ter termos quase todas as 24 horas que dispomos do nosso dia contabilizadas, significa que temos muito para fazer. Significa que são dias que não sabemos por onde mais nos virarmos. Temos tanto para fazer que (...)
Já deixei de contar há muito tempo os dias em que estamos de quarentena. Sei que já passou mais de um mês, mas não sei quantos dias ao certo. Só sei que tenho saudades, saudades de várias pessoas, e hoje, eu senti isso. Hoje fui ver uma pessoa que não via há mais de um mês. Por pouco que eu pense nas saudades, hoje elas bateram-me forte. Atropelaram-me completamente. Este pequeno em termos de tempo e longo em termos de distância entre nós, despoletou em mim uma saudade que (...)
Nos dias que correm fala-se muito sobre como nos devemos entreter em casa. Com dicas e formas de passar tempo de qualidade no nosso cantinho, sem que após este tempo todo de isolamento social não acabemos paranóicos ou depressivos. Vê-se muito por aí das mais variadas opções, desde treinar, meditar, ler, escrever, começar um novo hobbie ou mesmo continuar com outros. Certamente este é um tópico importante, eu mesmo já falei disso aqui (...)
Em tempos tão monótonos como os que vivemos, por vezes arranjamos dificuldade em nos entusiasmarmos com alguma coisa. O que nos entusiamava, fizemos nos primeiros dias. Ao fim de 3 semanas, toda essa emoção e sentimento desapareceu e o que restou foi cansaço, aborrecimento e desespero por uma rotina nova. Apesar de tudo, venho-vos dizer que não tem de ser sempre assim. Podem muito bem fazer pequenas mudanças na vossa rotina e aproveitá-la, de verdade. Ficarem genuinamente felizes, (...)
Somos indivíduos difíceis de contentar. Somos indivíduos que muitas vezes não sabemos o que queremos. Somos indivíduos que queremos algo num momento, e no momento a seguir já não. Somos complicados, não percebemos os outros e, pensando bem, não nos percebemos a nós próprios também. Não compreendemos nem somos compreendidos.
Todos nós já só quisemos ter 2 semanas de casa sem fazer nada. Infelizmente não podíamos. Tínhamos de trabalhar, tínhamos responsabilidades e a (...)
Tenho passado tanto tempo em casa como há muito tempo não passava. Arrisco-me a dizer até, que nunca passei tanto tempo como agora (apesar de pequenas saídas curtas e pontuais, claro). Como sou uma pessoa que não gosta de ficar parada muito tempo, tenho aproveitado para fazer tudo e mais alguma coisa. Tenho aproveitado para acordar, fazer a minha lista de tarefas para o dia e aproveitá-lo como um todo.
Entre trabalhos, aulas e algum estudo para a faculdade, tenho conseguido (...)
Dias tristes têm-se acumulado uns em cima dos outros. Na rua já não se vê o que se via: sorrisos, gargalhadas, paz e conforto. Todos esses sentimentos e emoções deram lugar à dúvida, preocupação e medo.
As pessoas já não são pessoas. São almas ambulantes que deambulam pelas ruas muitas vezes não por opção própria mas porque o trabalho assim as obriga. Já não se cumprimentam, olham umas para as outras e acenam com a cabeça. Serve, mas não é a mesma coisa. O medo (...)