Olho pela janela numa manhã de segunda feira com a minha chávena na mão. Disfruto do meu café quentinho enquanto vejo o que se passa na rua. Umas pessoas saem da mercearia com um saco de pão fresco pela mão. Outras entram nos carros com os filhos para os levar à escola. Outras ainda correm pela rua todas apressadas pois provavelmente já estão atrasadas para picar o ponto. Tanta vida na rua e eu aqui fechado em casa. Talvez vá dar um passeio mais tarde... Quem sabe...
- Gonçalo, (...)
A saudade não parecia tão grande, mas afinal era. Acordar antes das 6 horas da manhã e estar fora de casa antes das 6h30 já era algo que não era feito há muito tempo. Senti-me bem, senti-me vivo.
Estava uma manhã um tanto ou quanto nublada, mas isso não chegou para lhe tirar o encanto. O silêncio e o sossego era o mesmo do qual eu me lembrava. A minha cabeça estava mais fresca e mais calma como já há muito tempo não estava. Podia falar com os meus pensamentos com clareza, (...)
Por vezes ocorrem-nos perguntas que não nos saem da cabeça. Perguntas das quais não conseguimos viver bem com elas, mas que também não nos conseguimos livrar delas. Mexem connosco profundamente. Não dá para esquecer, não para abstrair, não dá nada. Vieram e vieram para ficar.
Mesmo sabendo que a única forma de conseguirmos ver-nos livre delas é arranjar-lhes uma solução, muitas vezes isso não é possível. Tanto por parecerem perguntas impossíveis de serem respondidas como (...)
Quando queremos que ele passe, ele não passa. Quando queremos que ele não passe, ele voa. É imprevisível, e no entanto não há nada mais previsível que ele.
Este é o tempo. Estas são as 24h dos nossos dias. Sim, as mesmas 24h que todos os nossos dias têm, apesar de muitas vezes não parecer.
Momentos que podiam ser eternizados e outros tantos que podiam ter acontecido num ápice. Momentos que podiam ter feito o tempo parar e outros que podiam tê-lo feito acelarar. O tempo (...)