Quem somos nós?
E se estivéssemos sempre a ser observados? Estávamos sozinhos, mas, na verdade, não tão sozinhos assim. Nunca conseguiamos esconder nada de ninguém. Cada palavra falada, cada passo dado, tudo era registado.
Será que éramos a mesma pessoa? Ou que demonstrávamos ser a mesma pessoa?
É engraçado pensar nisto. É engraçado porque desta forma conseguiríamos ver quem realmente é ou não verdadeiro. Uma pessoa que na frente dos outros, consciente ou inconscientemente, atua como alguém que caso estivesse sozinho não atuaría; não é alguém verdadeiro. Mente tanto aos outros como a si próprio. E consequentemente nem ela, nem os outros ficam a conhecer quem ela realmente é.
Também é verdade que nunca nos conhecemos a 100%. Isto é um processo de uma vida. Dia após dia vamo-nos conhecendo cada vez mais. E se nós quisermos mesmo conhecermo-nos, mentir ou omitir a nossa personalidade e maneira de ser, não é um caminho a percorrer.