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A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

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Nos últimos 11 dias, tenho implementado na minha vida um hábito que já há algum tempo não praticava: a meditação. Sempre fui um bocado cético em relação a este hábito, apesar de conhecer todos os benefícios que ele traz. Não sei. Começava a meditar, passando uns dias, deixava-o de lado outra vez. Não conseguia ser consistente. Há 11 dias atrás retornei e, até falha em contrária, é para continuar!

São agora, precisamente 22h52 quando acabo de meditar. E, durante a sessão de hoje, surgiu-me no pensamento a pergunta: "Porque medito mesmo?". Uma boa pergunta. Da qual não consegui largá-la o resto da sessão e fiquei a pensar em possíveis respostas.

Posso dizer que todos os benefícios que vi que a meditação trazia a muitas pessoas eram-me muito apelativos. Toda a clareza que ganhavam, a organização geral nas vidas, o bem estar tanto físico como psicológico, é tudo algo que me interessa muito mesmo. Parte do porquê de ter começado a meditar é por isso. A outra parte é devido ao meu ceticismo. À minha constante dúvida se as coisas são mesmo como aparentam ser. A verdade é que só sei, se as experimentar. E agora aqui estou eu (após algumas tentativas, claro).

Sei que 11 dias não chegam para analisar nada em concreto. Contudo, para além dos benefícios que tanto se fala a longo prazo, já consegui notar alguns a curto prazo, ou melhor, durante as pequenas sessões. 

Quando recomecei, recomecei devagar. 5 minutos, sentado no chão, confortavelmente, preferencialmente encostado à parede de olhos fechados, numa divisão onde não estivesse mais ninguém, a tentar focar somente na respiração. Este tem sido o meu pequeno ritual. À medida que os dias foram passando, fui aumentando gradualmente o tempo das sessões, até que hoje meditei durante 20 minutos! Tenho-vos a dizer que tem sido uma experiência muito agradável. É como se tirasse um bocadinho das minhas 24 horas diárias para parar, deixar de pensar, e focar em mim e na minha respiração. Sinto que a meditação ajuda-me a ter os pés bem assentes na terra. Como se com os problemas do dia-a-dia e com todo o movimento e ansiedade que a rotina acarreta, a terra tremesse mas eu ficasse intacto e verdadeiramente presente, independentemente de tudo. Para além disso, no momento que me encontro de olhos fechados, não sinto nada, como se estivesse quase anestesiado. Estou em corpo, único, mas sinto cada peça que me pertence. Sinto o bater do meu coração, sinto o sangue a passar-me pelos vasos... É um sentimento e uma sensação difícil de explicar. Sei apenas que é algo que me tem sido agradável e que tenciono continuar. Acredito que me trará mais benefícios para além dos que já consegui identificar. Que venham mais sessões como estas... ou melhores!