Não pensar para pensar melhor
É irónico pensar que nós dedicamos tempo especialmente para o ato de pensar, seja num problema ou outra coisa qualquer e, quando não pensamos efetivamente, é que nos vem a solução. É frustrante e agradável ao mesmo tempo. Há nisso algo de produtivo e eficiente que gostamos especialmente. Mas, porque isto acontece mesmo?
Porquê porquê, não sei. Sei sim, que há medida que o tempo passa, o nosso cérebro (tão nosso amigo que ele é) não pára. E, mesmo que não estejamos a pensar conscientemente em algo, ele está a trabalhar nisso por nós. Após o tempo que ele necessitar, quando menos esperarmos, o cérebro envia-nos um sinal de Eureka!. Oferencendo-nos a solução, a ideia, que tanto pensámos e trabalhámos para ter e não conseguimos. Agora aqui está ela, à nossa mercê. Sem que "tivéssemos feito nada em concreto".
Isto explica o porquê de muitas das nossas melhores ideias nos aparecerem nos momentos mais estranhos e inadequados de sempre. Ora quando estamos a tentar dormir, a andar a pé por aí, ou mesmo a tomar banho. Isto faz-me pensar que provavelmente teremos de arranjar mais momentos de procrastinação e menos momentos próprios para ter ideias. Pois parece-me que quanto mais pensamos em algo, menos pensamos nesse algo. Se é que isto faz sentido.