Nada é garantido
Quando não tenho, eu quero; quando eu tenho, não quero mais.
É frequente tomarmos por garantido o que temos. Muitas vezes nem é por mal, é inconsciente. Possuímos coisas que muitos dariam tudo para tê-las. E não damos o devido valor porque para nós é banal.
Quantas vezes pensaste que és um sortudo por ter sapatos? Poucas ou mesmo nenhumas suponho. Poquê? Porque sempre os tiveste. Porque nunca ficaste sem, nem te eras capaz de ver sem. A realidade é que muitas pessoas vivem sem, e isso é o normal delas. Se ficaríam felizes por ter? Claro que sim. Mas é o dia-a-dia delas. Já se habituaram.
O exemplo dos sapatos é apenas um exemplo trivial. Comparando com a fome e miséria atual no Mundo. Para nós, sortudos, isso não é problema. Quando nos preocupamos a pedir, pedir e pedir um telemóvel novo ou um computador, aquelas pessoas pedem comida. Quando pensamos "Quem me dera ter aqueles ténis novos", outra pessoa pensa "Quem me dera ter um par de todos os sapatos que tens espalhados lá por casa.".
Tu, sim tu que estás a ler isto, só por estares a ler isto já és um sortudo. Porque se lês isto neste momento é sinal que tens algum aparelho digital e acesso à internet. Há pessoas que não têm essa sorte... De ter o mundo nas suas mãos.
Tomarmos as nossas possessões por garantidas já é mau, o pior é que não fazemos isto somente com objetos. Mas também com pessoas. Mas isso já é assunto para outro dia...
Com isto quero passar que: sejamos gratos por tudo o que temos e por tudo o que podemos ter. Porque nem toda a gente tem a nossa sorte e nem tudo é garantido.