Acordo, olho para para o despertador e ele marca 7h00. Viro e reviro-me na cama, não me consigo levantar. Estou demasiado bem debaixo dos lençóis para sair e enfrentar o frio das manhãs de fevereiro. Mas, após uns bons 15 minutos na ronha, lá me consigo ganhar coragem. Coloco os pés no chão, sinto o frio do soalho de madeira. Frio esse que me percorre a espinha e me dá consequentemente um pequeno arrepio. Soube bem. Dou dois pequenos passos até à janela, levanto as persianas e dois raios de sol encadeiam-me imediatamente. Que lindo nascer que sol que estava. Vou à cozinha, faço um café e vou bebê-lo para a varanda. Contemplando a perfeita manhã que estava. 5, 10, 15 minutos passam e aceito cair na realidade. Preparo-me finalmente para sair de casa e começar o meu dia.
Saio a porta do prédio e está um dia lindo. Calmo. Uma leve brisa fresca para contrastar com a quente manhã. Uma pessoa no fundo da rua, num banco de jardim, a dar comida a dois gatos. Dois siameses. As restantes pessoas andam pela rua com um sorriso nos lábios, uma até me desejou "bom dia". Um gesto muito querido, pois a senhora nem me conhecia. Restou-me colocar um sorriso nos lábios e retribuir o "bom dia".
Chego ao trabalho, sinto-me feliz. Feliz porque trabalho no que amo, com as pessoas que amo.
Após umas longas horas no trabalho, horas essas que se passaram muito bem, por sinal, cheias de entre-ajuda, companheirismo, união e risos entre assuntos sérios, [Nem todos os dias são assim, mas este parece que foi especial], chego a casa. Preparo um bom jantar, sento-me no sofá e disfruto-o. Ao mesmo tempo que me delicio, aproveito o silêncio da noite. Há coisa melhor para recuperar de um dia de trabalho e preparar-me para o dia seguinte? Não me parece.
Por volta das 23h, preparo-me para me deitar. Preparo tudo para o dia seguinte: roupa, mala entre outras coisas. Lavo os dentes. E lá vou eu todo fresquinho para dentro dos meus lençóis também eles fresquinhos. Fecho os olhos. Respiro fundo. Agradeço pelo meu dia. Viro-me para o lado e adormeço.
Que dia perfeito que foi.