Balancear a gratificação imediata e a futura
É interessante pensar que toda a nossa vida gira em torno da gratificação a longo prazo. E, quando a gratificação imediata entra em jogo, na grande maioria das vezes (nem sempre), entra como intrusa. Não pertencendo verdadeiramente àquele tempo e espaço. Desviando o nosso foco do que realmente é importante.
Estudamos durante os primeiros 25 anos da nossa vida, pelo menos, para nos formarmos num campo específico e trabalharmos nele encontrando estabilidade.
Praticamos exercício físico regularmente não para ficarmos saudáveis hoje, mas sim amanhã.
Poupamos os nossos ganhos financeiros, para não sofrermos hoje e podermos disfrutar deles no futuro.
A vida gira em torno de pequenos sacrifícios no presente para pudermos disfrutar e colher os frutos no futuro. Claro que, com isto, não digo que a gratificação imediata não possa entrar na rotina diária. Pode e deve, a meu ver. Acredito que para chegarmos ao futuro, não basta chegar, convém viver até lá. Aproveitando o que a vida nos oferece e o que fazemos dela. Seja tirando partido da gratificação imediata ou não. O importante é balancear corretamente as duas.
Uma sem a outra, parece-me extremo demais. As duas, com conta peso e medida, parece-me muito mais exequível. Havendo tempo para contribuir para a segurança do nosso futuro, assim como também para a sanidade mental do presente.
No final das contas, consegues do tempo aquilo que fazes dele. Balanceia estas duas vertentes na tua vida tendo em conta os teus desejos e necessidades e agarra-te a esse sistema como se a tua vida dele dependesse. (E não é que depende mesmo?)
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