Arranjar soluções para perguntas sem solução
Por vezes ocorrem-nos perguntas que não nos saem da cabeça. Perguntas das quais não conseguimos viver bem com elas, mas que também não nos conseguimos livrar delas. Mexem connosco profundamente. Não dá para esquecer, não para abstrair, não dá nada. Vieram e vieram para ficar.
Mesmo sabendo que a única forma de conseguirmos ver-nos livre delas é arranjar-lhes uma solução, muitas vezes isso não é possível. Tanto por parecerem perguntas impossíveis de serem respondidas como por não lhes arranjarmos qualquer solução adequada. É frustrante, cansativo e doloroso.
Por isso é que por vezes temos de ceder e aceitar alguma solução. Mesmo que não nos pareça a melhor, a mais correta, a mais verídica. Mesmo que nos pareça sem pés nem cabeça, é melhor que nada. As perguntas já são muitas e pensar demasiado nelas só nos leva a mais questões e o sentimento de frustração só vai aumentando. É saber aceitar. Aceitar que nem tudo tem só uma solução possível. Aceitar que a vida não é certa como a matemática. Mas aceitar. A boa notícia é que assim o nosso cérebro pode finalmente descansar e ficar em paz consigo próprio. Sendo isso que todos nós aspiramos todos os dias para a nossa vida.