Amigos ou "amigos"?
As amizades não são escolhidas por acaso. Por vezes pensamos que sim, que nos cruzamos com certas pessoas ao longo da nossa vida, e sem saber bem como e porquê, elas tornaram-se nossas amigas. A verdade é que este processo é todo muito bem calculado, seja isto consciente ou inconscientemente.
As pessoas simpatizam com quem na sua presença se sentem bem, se sentem elas mesmas. Com quem conseguem manter uma conversa positiva, e que lhes transmita confiança e bem estar. É compreensível evitar pessoas negativas, que nunca estão felizes com nada e que só sabem reclamar com os outros. Já existe tanto negativismo no mundo, porquê manter uma amizade com uma pessoa assim? Esse mindset só nos ía deitar abaixo também, coisa que não é agradável e já que é evitável, o melhor é evitar mesmo.
Como se diz: "Tu és a média das cinco pessoas com quem passas mais tempo." Por isso, as nossas amizades tomam um papel muito importante na nossa vida. E muitas vezes é difícil saber quem é mesmo ou não amigo. Sinto que a palavra "amigo" é utilizada de forma muito trivial como se toda a gente com quem convivêssemos o fosse, mas não é. Por exemplo: considero amigo a quem podemos contar tanto boas como más notícias. Esta é uma ideia do Dr. Jordan B. Peterson com a qual me identifico muito. Pois amigo é aquele a quem podemos contar tudo. A quem podemos dar boas notícias e eles nos parabenizarem e ficarem genuinamente felizes por nós, sem se vangloriarem por terem conquistados feitos maiores. E a quem podemos contar más notícias e eles nos darem palavras amigas sem inferiorizarem os momentos que estamos a passar. Isto é ser amigo. Amigo de verdade.
Amigos destes, por vezes, são raros encontrar. Mas é como tudo, mais vale poucos e bons, do que muitos mas maus.