A triste atualidade
Dias tristes têm-se acumulado uns em cima dos outros. Na rua já não se vê o que se via: sorrisos, gargalhadas, paz e conforto. Todos esses sentimentos e emoções deram lugar à dúvida, preocupação e medo.
As pessoas já não são pessoas. São almas ambulantes que deambulam pelas ruas muitas vezes não por opção própria mas porque o trabalho assim as obriga. Já não se cumprimentam, olham umas para as outras e acenam com a cabeça. Serve, mas não é a mesma coisa. O medo apoderou-se das nossas vidas. Consumiu-nos a liberdade e felicidade e assim o alimentamos. Dia após dia, até isto acabar.
Não vejo a hora deste terror chegar ao fim. Voltar a ser livre. Não só eu, mas todos nós. Aproveitar tudo. Desde as pequenas coisas que a vida tem para oferecer às grandes. Quero ver crianças a correr pelo parque a gritar com um sorriso nos lábios. Quero ver jovens sentados num relvado de jardim a fazer um picnic enquanto contam anedotas. Quero ver isto e muito mais. Quero ver o que via. Quero ver a rotina. É pedir muito que voltem estes tempos? É pedir muito voltar a viver, de verdade?