O ser humano tem muitas limitações. Uma delas é a dificuldade em compreender o futuro longínquo. Ele sabe o que significa viver daqui a 10 anos, não percebe é o que consegue atingir nesse período de tempo.
Fazemos planos (eu incluído) para o nosso futuro como se fôssemos a mesma pessoa daqui a 10 ou 15 anos. Mas a verdade é que os nossos gostos e prioridades mudam constantemente ao longo do tempo, muitas vezes, mesmo sem nos apercebermos disso.
O que hoje sabemos que queremos atingir, pode não ser o que amanhã quereremos.
Sabendo isto, pode passar a ser bastante complicado planear algo sequer, para o nosso futuro. De um momento para o outro, tudo pode mudar. E todos os planos que tínhamos, foram todos substituídos por novos.
Então a pergunta é: vale a pena planear o futuro?
Eu diria que sim. Apesar de haver a possibilidade dos nossos gostos mudarem ao longo do tempo, existe também a possibilidade de não mudarem. A partir do momento que temos uma lista do que queremos atingir e do que nos devemos focar, temos um propósito. O importante é não tomarmos essa lista como definitiva, mas antes como uma lista em constante atualização. Mudando, se assim for preciso, o nosso foco.
A vida é curta, mas muito longa ao mesmo tempo. É viver cada dia de cada vez, de acordo com os nossas prioridades do presente. Nunca excluindo a possibilidade dessas prioridades virem a mudar no futuro.
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