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A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

A procura e a aprendizagem de novas habilidades quer seja por livros, vídeos ou mesmo por convívio com pessoas especializadas num determinado campo é importante para o nosso crescimento. Tanto como pessoas como profissionais nesse mesmo campo. 

Ao aprendermos e nos apercebermos de alguns dos métodos e princípios que levaram determinadas pessoas a prosperar nos seus campos, muitas pessoas tendem a reproduzir esses mesmos princípios para consequentemente, eventualmente alcançarem os mesmos resultados. Contudo, isso não é a abordagem mais correta a ser feita. Podendo mesmo ser prejudicial e contrapoducente para a tua jornada.

Porque razão imitar não funciona? Pela simples razão que não somos todos iguais. O que funciona para uns, pode não funcionar para outros. 

Uma abordagem mais acertada seria sim adaptar. Não imitar aquilo que os outros fazem, adaptar! O que aprendemos com pessoas que conseguiram chegar longe, são informações muito valiosas que bem utilizadas podem-nos gerar muito valor. Mas, sendo nós todos diferentes, adaptamos isso à nossa forma de trabalhar, à nossa rotina. 

No final das contas, o teu objetivo não deveria ser, por exemplo, tornares-te o próximo Bill Gates.D evia ser sim tornaste-te em ti mesmo, na tua melhor versão possível! 

Lembra-te: não imites ninguém, adapta o teu conhecimento à tua vida e experiências!

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Photo by Fares Hamouche on Unsplash

Ninguém tem mais tempo que ninguém. Apenas existem umas pessoas que gerem o tempo melhor que outras. Se achas que não tens tempo, estás errado, todos temos as mesmas 24 horas, apenas os gastas de forma diferente e, pelos vistos, gasta-os mal.

Para teres o teu tempo de volta, há que primeiramente perceberes em que é que realmente gastas o teu tempo. Faz este exercício durante uma semana e aponta tudo na medida do possível. Desperdiças demasiado tempo a cozinhar? Aponta isso. Desperdiças demasiado tempo nas redes sociais? Aponta isso. Utilizas pouco tempo nos estudos e noutros trabalhos que tenhas para fazer? Aponta isso também. No final da semana, se tiveres sido consistente com este exercício, terás uma síntese com as atividades que realizas do teu dia-a-dia bem como o tempo dispendido nelas.

De seguida, com a síntese das tuas atividades, vais sentar-te e refletir sobre isso. Vais olhar para o que fazes no dia-a-dia e para o tempo que gastas em cada uma delas e questionar-te se esse é tempo que realmente querias gastar. Feito isso, vais tentar encontrar soluções para diminuir o tempo dispendido naquelas que achas que desperdiçavas demasiado. 

- Se o teu problema são as redes sociais - limita o tempo para um que aches adequado. Ou se isso não resultar, desinstala mesmo a aplicação e instala cada vez que a queiras utilizar. Isso irá criar a resistência necessária para que não entres na aplicação inconscientemente.

- Se desperdiças demasiado tempo a cozinhar - experimenta preparar as refeições com antecedência.

- Se tens dificuldade em arranjar tempo para estudar - planeia uma hora com antecedência que esteja livre e dedica-te ao máximo nessa hora. Arranja furos que tenhas durante o dia, esses também podem ser bastante produtivos. Lembra-te: qualquer minuto conta!

Após algumas semanas, com a rotina formulada, é provável que sintas que o teu dia está maior. Que as 24 horas de agora, não são as mesmas 24 horas de outrora, estas até parece que esticam! Mas, na verdade, apenas te tornaste consciente do tempo que dispendes no dia-a-dia. Sendo tu, finalmente, o condutor do teu próprio dia e não apenas mais uma folha ao sabor do vento.

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Photo by Veri Ivanova on Unsplash

- Foi tudo mentira James, desculpa... - disse Rachel ajoelhada em frente dele com as lágrimas nos olhos.

James não respondeu. Baixou a cabeça e fechou os olhos. As palavras proferidas tinham-lhe trespaçado o coração da mesma forma como uma espada aguçada. Nesse momento percebeu que a dor emocional ultrapassava qualquer dor física alguma vez sentida. Em poucos segundos, essa dor irradiava do coração isotropicamente para todo o corpo. Começou a tremer. As pernas começaram a fraquejar de tal forma, que caiu de joelhos ficando em frente a Rachel. Ele não chorava. Não falava. Mas, era o silêncio mais explícito que este mundo alguma vez ouvira. A desilusão pairava no ar.

Cinco minutos passaram. Rachel deu um passo em frente na tentativa de abraçar James dizendo - Desculpa... 

- Não... - disse finalmente James afastando-a - Já percebi tudo.

James levantou-se apoiando-se numa pedra. Ainda fraco, cambaleando de um lado para o outro enquanto, desta vez, mantinha contacto visual com Rachel. Virou costas e começou caminhando dizendo - Hoje o dia acabou cinzento. Que as nuvens amanhã desapareçam que não as quero mais na minha vida. Que venha o Sol e a luz.

A plateia levantou e aplaudiu enquanto eram atiradas rosas para o palco. O pano desceu e o espetáculo acabou.

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Photo by Kelly Sikkema on Unsplash

O mundo está mais distraído que nunca. Com o avanço das tecnologias, a nossa atenção está cada vez mais fragmentada e cabe-nos a nós tentar reverter isso da melhor forma possível para que não caiemos no poço sem fundo que é a procrastinação e a distração.

Já Cal Newport refere e bem no livro "Deep Work" que para conseguirmos atingir um bom posto e patamar nesta nova economia e sociedade que temos nos dias de hoje, é necessário trabalho focado. Trabalho este que é cada vez menor. Pois temos tudo e mais alguma coisa ao nosso redor a fazer ruído e a pedir constantemente a nossa atenção. Deixando nós, de lado, o que temos realmente para fazer.

Para isto, cabe-nos a nós implementar medidas e pequenos hábitos para assim prosperarmos na economia e na nossa vida em geral. Acredito que a capacidade de focar não passa de um hábito, uma vez enraizado em nós, torna-se mais fácil entrar neste estado de fluxo novamente.

O hábito que considero indispensável para a ganhar capacidade de foco é bloquear no calendário pelo menos 2 horas do dia que são dedicadas exatamente a isso: trabalhar de forma focada. Para isso, certifica-te que durante esse período de tempo estás longe do teu telemóvel e de outras pessoas que eventualmente te podem distrair. Isola-te e verás que os resultados falarão por si. Vais reparar que nessas duas horas realizarás mais trabalho do que aquele que antes realizavas no mesmo período de tempo, isto porque agora te encontras realmente concentrado; tornando tudo mais eficiente. O que outros fazem em 4 horas, tu fazes em metade do tempo, sem distrações. Esta é a importância da capacidade de focar.

Claro que isto não é fácil de ser atingido. Requer disciplina, organização e consistência. Não basta uns dias a seguir esta rotina para ganhar o hábito. À semelhança de outros hábitos, só quando praticado consistentemente é que funciona. Há que abdicar de umas coisas para obter outras. Mas, se queres realmente ser produtivo e eficiente naquilo que fazes, faz então aquilo que está ao teu alcance.

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Photo by Kiyun Lee on Unsplash

As pessoas não gostam de perder. Já Daniel Kahneman dizia no livro "Pensar depressa e devagar": as perdas têm maior peso do que os ganhos. Por isso, entre duas opções, as pessoas tendem a olhar mais depressa para o risco de perder que para a oportunidade de ganhar.

Isto é normal. A maioria das pessoas é assim, sendo que uns têm uma aversão à perda maior que outros. E, por esta razão é que podemos afirmar que é difícil arriscar. Tendemos sempre a pensar "e se perdermos?" do que a pensar "e se ganharmos?". Mas, a verdade, é que tal como nas apostas, por exemplo, a vida é feita de ganhos e de perdas. Entrando ambos para a equação que a vida é. Ora umas vezes se ganha, ora outras vezes se perde.

Por esta razão, acredito que é importante arriscar. Um risco bem calculado e consciente, apesar de haver na mesma a possibilidade de perder, tem-se muito a ganhar. Não apenas do que se arriscou em si, mas também outros aspetos muito mais importantes que esses.

Arriscar dá-nos confiança. Tanto em nós próprios, como também naquilo que nós conseguimos alcançar. Ajuda-nos a ver o mundo como ele realmente é: um conjunto de acontecimentos gerados pela sorte e pelo infortúnio. Onde ambos são possíveis e cabe-nos a nós geri-los da melhor forma possível sem que eles afetem a nossa capacidade de agir.

Riscos servem para nos fazer crescer. Por muito perigosos que às vezes eles pareçam ser , quando tomados com cuidado, temos mais a ganhar com eles que a perder.

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Photo by Loic Leray on Unsplash

Palavras por vezes saem mais rápido da nossa boca, do que pensamentos chegam ao nosso cérebro. A diferença é que mais facilmente se lida com pensamentos do que com palavras ditas.

A vida não é como um jogo onde existe um botão para "voltar atrás", nem uma história que se escreve num papel em que dá para apagar com borracha. Apesar das várias parecenças, na vida tudo o que é dito é eternizado, quer tu queiras quer não. Pensa no que vais dizer, com cuidado, e se assim bem entenderes, diz. Sê conciso e concreto no teu discurso. Certifica-te que não és mal interpretado e que passaste exatamente a informação que querias passar. A vida é demasiado curta para se desperdiçar por mal entendidos.

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Photo by Brett Jordan on Unsplash

Hoje, como na grande maioria dos meus dias, fui correr de manhã e uma pessoa, desconhecida por acaso, me desejou "Tenha um bom dia!". Um idoso, que acredito que tinha um sorriso rasgado escondido por trás da máscara que lhe tapava metade do rosto. Agradeci, coloquei também eu um sorriso na cara e retribui-lhe o "bom dia".

Posso dizer que ainda não eram nove horas da manhã e o meu dia já estava completo. Alguém que deambulando por aí, levanta a cabeça e deseja "bom dia" a uma pessoa que não conhece mostrando compaixão e ternura, não se vê todos os dias... Isto faz-me questionar: se é assim tão fácil fazer o dia de alguém com um tão simples gesto, porque não mais pessoas o fazem?

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Photo by Emma Simpson on Unsplash

14 Mai, 2020

Uma boa ação

Muito se fala de boas ações,

Poucos sabem do que elas se tratam.

Elas não se encontram espalhadas pelas ruas,

mas sim escondidas nos becos sem saída.

 

Boas ações não são comuns e não acontecem frequentemente,

Não é tão simples quanto parece,

É dar algo a alguém que pediu muito,

E a quem Deus ouviu suas preces.

 

Uma boa ação é um raiar de sol num dia cinzento.

Uma boa ação é o silêncio num noite calma.

Uma boa ação é dar algo que não é suposto.

E que faz qualquer um ter um sorriso no rosto.

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Photo by Lina Trochez on Unsplash

Em tempos de isolamento social, tudo e mais alguma coisa se torna uma fonte de distração tremenda. Daquelas em que quando nos atiramos de cabeça, muito dificilmente voltamos ao de cimo devido à quantidade de informação que existe. Provavelmente estarão a pensar em redes sociais como o Instagram, o Facebook, o YouTube, entre outras... mas na verdade existe algo que nós assistimos todos os dias que se não for tomada conscientemente, muito rapidamente se perde o controlo sobre isso. Refiro-me então às notícias.

Todos os dias há milhares de notícias novas, outras nem por isso, que nos agarram constantemente a elas, oferencendo-nos quantidades de dopamina tão grandes que nos fazem "comer e chorar por mais". É de manhã, à hora de almoço, a meio da tarde e ao final do dia; é basicamente o dia todo. Todo o dia estamos recetivos a novas informações. Permitindo que qualquer coisa nos interrompa e ocupe o espaço mental que outras atividades mais importantes deverião ocupar. Sendo este apenas um dos muitos problemas.

Para além de não nos focarmos realmente nas coisas que interessam e da nossa cabeça estar mais ocupada com o que não devia, acredito que um excesso de notícias afetará também o nosso foro mental. Toda a gente sabe que as notícias só mostram o que querem mostrar. Devido a isso, mais de metade delas são desastres, crimes ou assaltos que acontecem. Ninguém após ouvir tanta notícia à volta do mesmo se consegue sentir bem e feliz.

Com isto, não digo que as notícias são más e que as devemos evitar ao máximo. Claro que não. Como pessoas de uma sociedade que somos, precisamos de nos informar sobre o que se passa no mundo. É importante para sabermos como estamos, situação atual e tudo mais. Contudo, para tal, não precisamos de estar 24 horas atentos a elas. Quaisquer 15-20 minutos no final do dia para nos atualizarmos das notícias mais importantes chega e sobra. A questão é: quem está disposto a fazer isso e tomar controlo da sua vida de uma vez por todas?

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Photo by Roman Kraft on Unsplash

Ontem, ao ouvir um episódio do Podcast "Not Overthinking" de Ali e Taimur Abdaal, encontrei-me com uma ideia muito interessante sobre como olharmos para a nossa vida de uma forma diferente e percebermos< se estamos a ir num bom caminho ou nem por isso. Pensei que seria interessante partilhar isto com vocês, por isso aqui vai.

Este método de análise consiste em olharmos para a nossa vida na 3ª pessoa. Olhando para nós como personagem que somos no jogo que a vida é. Refletindo, todos os dias ou todas as semanas, para o nosso percurso no jogo, nas nossas decisões e fazermos uma análise crítica sobre isso. Percebendo o que fizemos de bem, o que fizemos de mal, e como podemos melhorar as nossas abordagens, para melhorar também assim os resultados consequentes.

Achei muito interessante esta ideia. Dá-me a impressão que desta forma conseguimos avaliar os passos que damos todos os dias de forma mais objetiva e imparcial.

Boas decisões provêm de boas reflexões, sejam elas presentes ou passadas.

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Photo by Mohamed Nohassi on Unsplash