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A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

Onde estás tu, ideia? Não aquela ideia comum e banal, mas sim a ideia, aquela que muda uma vida. 

Corro e percorro montanhas à tua procura e não te encontro. Quando penso que te encontrei, vejo que era apenas uma prima tua e não és tu realmente. Foges-me, escorres-me por entre os dedos enquanto de tento apanhar. Tão perto mas tão longe. Onde estás tu, ideia?

Mudei de estratégia. Puxei uma cadeira e vou ficar à espera sentado, no sentido literal da expressão. Que desta vez tu me procures a mim pois eu estou estou farto de te procurar a ti. Que esta relação seja a dois. Com os dois lados a contribuírem um para o outro, coordenados, em sintonia, para um único objetivo: um mundo melhor. Mas, onde estás tu, ideia?

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Photo by Sebastian Holgado on Unsplash

Estou sozinho. Estou sozinho no quarto, às escuras, apenas iluminado pelo pela luz artificial vinda do computador à minha frente. Olho em frente, e as palavras aparecem diante de mim escritas de forma tão espontânea que nem dou por elas passarem pela minha cabeça. Como se eu próprio estivesse a assistir a este espetáculo de dança gramatical que as minhas mãos me oferecem.

Parece que as mãos pararam para pensar no próximo passo. Será uma meia pirueta ou um salto mortal encarpado?

E o espetáculo continua. Lá continuam elas. A dançar como se não houvesse amanhã, a todo o vapor, sem descansarem nem exitarem. Uma após a outra. Girando e redopiando de um lado para o outro neste teclado diante de mim. Olho para elas, nem as reconheço. Elas param. Eu paro. Eu levanto-me, e aplaudo.

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Photo by Amador Loureiro on Unsplash

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São 20h34 precisamente. Estou no meu quarto, à janela, a disfrutar dos últimos raios de sol que este dia tem para me oferecer. Debruçado no parapeito da janela para conseguir assim levar com o ar fresco da noite que se aproxima. Coloco uma música de Tom Misch a tocar, para completar a vibe de final do dia que me abraça completamente, tendo o cuidado de não a colocar demasiado alta para não deixar de ouvir o piar dos pássaros que pairam nos ramos das árvores que se encontram diante de mim. E que bem que eles cantam... Olho para o céu. Para a esquerda vejo azul, céu limpo; à medida que vou inclinando a cabeça para a direita o azul vai-se entrelaçando nos outros tons mais claros tornando-se num rosa clarinho.

Um raiar de sol já tímido enquanto escrevo estas palavras. Um lugar onde o barulho do vento veio substituir o piar dos pássaros. Um lugar onde a luz artificial dos candeeiros veio substituir a luz natural de um fim de dia. Que amanhã seja tão bonito ou mais que hoje. Eu estarei cá para ver, sentir e respirar.

Existem momentos da nossa vida em que nos apercebemos que nos falta alguma disciplina. Adiamos tarefas que podíamos meter hoje em dia. Dizemos constantemente a nós próprios que amanhã vai ser diferente, mesmo sabendo que são raros os casos em que isso acontece de facto. Entre outros exemplos. A disciplina é realmente algo que muitos ambicionam e que muitos também não conseguem criar.

Então, como criar e interiorizar a disciplina na nossa vida?

Nos últimos oito meses e vinte e um dias, o que equivale a 265 dias, eu escrevi todos os dias aqui no blog. Sem falhar. Nunca. Apesar de ter um forte porquê por trás deste hábito, acredito que ele me tornou mais disciplinado. Não estou a dizer que por vezes não caio na tentação da procrastinação ou adiamento, também sou humano; mas acredito que a situação melhorou desde então. Tornando-me mais proativo a fazer as coisas quando quero realmente que as coisas sejam feitas.

A escrita para mim foi um compromisso. Um compromisso que agarrei a 6 de Agosto de 2019 e que não larguei desde então. Um compromisso que, apesar de ser muito importante para mim, não é de todo o fim do mundo caso eu falhe um dia ou outro. E, acredito que são exatamente hábitos destes que nos criarão disciplina no futuro. Hábitos que não são uma obrigação entrarem na nossa vida. Hábitos que por muito que gostemos, ou não deles, conseguimos viver sem. Hábitos que se tornam pequenas peças de puzzle para tanto melhorar uma habilidade como para criar uma pessoa disciplinada. Porque não é qualquer um que faz algo todos os dias, que tem esse compromisso, que mete esse esforço, mesmo sabendo que é dispensável à sua vida.

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Photo by Thao Le Hoang on Unsplash

Há uns anos atrás deparei-me com a Impossible List de Thomas Frank. Uma lista em que o próprio incluiu todos os objetivos e desejos que ele quer atingir e realizar durante toda a vida. Nesta lista estão desde as coisas mais simples às mais extravagantes que possas imaginar: como experienciar a gravidade zero. 

Influenciado por esta lista cheia de experiências e objetivos, decidi então criar a minha. A minha "lista de coisas que quero fazer antes de morrer". Pode parecer um bocado mórbido este título, mas é literalmente com este intuito que a minha lista foi criada. 

Tal como Thomas Frank, decidi organizar a minha lista por temas. Incluindo desportos, viagens, experiências, vida profissional e pessoal. Nelas fui adicionando alguns objetivos e ideias que tenho em mente em cada uma das vertentes da minha vida. Uns objetivos são claramente mais exequíveis que outros, mas isso é o que dá piada e adrenalia a todo este processo.

Tenho a dizer que me diverti muito a organizar e a realizar esta lista de raíz. Senti-me realmente como uma criança pequena a sonhar com o que quer ser quando for grande, traçando objetivos que até no momento da sua escrita me colocavam um sorriso nos lábios; imagino quando os realizar. Para além disso, tenho a noção que criar listas destas são muito importantes para nós. Fazem-nos ficar mais conscientes com o que realmente queremos e onde realmente queremos chegar. Sendo que estas listas não são para ficar paradas a apanhar pó, podem ser atualizadas a qualquer momento, baseado na situação e no momento de vida que cada um de nós se encontra. É igualmente importante que, com a atualização ou não da lista, se arranje um dia da semana onde consigamos fazer uma revisão dos nossos sonhos, de forma a que nunca nos esqueçamos deles e tenhamos sempre os olhos na meta, no objetivo!

Claro que estas listas podem ser criadas de acordo com o gosto de cada um. Para além de poderem ser organizadas a partir de temas, podem também ser a partir de objetivos a curto e a longo prazo por exemplo. Isto, sem perder o objetivo e o intuito das listas na mesma!

Se vocês já têm, ou estão a pensar criar uma lista destas também, escrevam nos comentários pois adorava saber!

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Photo by Randy Tarampi on Unsplash

Há pouco mais de duas semanas implementei um novo hábito na minha rotina diária: Morning Pages. Deparei-me inicialmente com este hábito e conceito através da Newsletter de Ali Abdaal, na qual ele falou um bocado delas e o quão têm influenciado para melhor a vida dele. Lido isto, decidi experimentar e posso dizer que tem sido um sucesso.

As Morning Pages, tal como o nome indica, são páginas que são escritas de manhã. Idealmente três páginas, que são escritas de manhã. Estas não têm de ser consideradas arte, nem coisa parecida, têm apenas o intuito de agarrar tudo o que o teu consciente quer despejar cá para fora, tornando-se assim mais leve e claro.

Pessoalmente, não tenho seguido estas "regras" mas optei mesmo assim por denominá-las como tal. Costumo escrever quando me lembro, honestamente; umas vezes de manhã, outras vezes à tarde. Também não costumo escrever precisamente três páginas. Começo a escrever sem limite de tempo ou de páginas. Existindo dias em que escrevo mais, outros em que não escrevo assim tanto, tudo baseado na minha necessidade. 

Estas minhas páginas contêm basicamente o que me estava a passar pela cabeça no momento em que as escrevi. Algo que estava a pensar na altura, alguma preocupação, algum projeto, alguma coisa. Sei que pode parecer um hábito um pouco simplista demais, sem grande espaço para benefícios, mas a verdade é que traz e consigo enumerar alguns. O primeiro benefício que tenho notado é na leveza. Tanto da minha escrita como do meu pensamento. Como estas páginas não têm necessariamente de ser boas, pois são somente para mim, isso retira qualquer resistência que tenha à escrita e ao pensamento. Outro benefício passa por ter melhorado significativamente a minha criatividade. Neste ponto, consigo comparar este hábito com o facto de pensarmos alto. Falando alto, para nós, sem ninguém necessariamente estar connosco. Escrever estas páginas assemelha-se um bocado a isso. Como se estivéssemos a falar com alguém, sendo que na verdade estamos: a falar connosco. Já tendo surgido várias vezes na escrita, alguma ideia tanto aqui para o Blog como para a minha vida pessoal.

Posto isto, desafio-vos a escreverem também as vossas Morning Pages. Pode ser que seja uma boa surpresa, gostem do sentimento e continuem, só saberão isso quando experimentarem. Parece-me um bom hábito para experimentar agora em tempo de quarentena, especialmente para limpar as nossas cabeças que nesta altura apresentam-se tantas vezes turvas. Se assim decidirem experimentar, gostava de saber as vossas opiniões sobre este hábito. Até lá, boa escrita!

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Photo by Aaron Burden on Unsplash

Há dias mesmo escuros.

Dias que independentemente da luz, só se vê escuridão.

Dias que independentemente dos gritos, só se ouve silêncio.

Dias que independentemente dos sorrisos, só se vêem lágrimas.

Por muito que odiemos, existem situações fora do nosso controlo. Infelizes as nuvens que me rodeiam, não me deixam ver a luz. 

Deixem-me com a escuridão, o silêncio e as lágrimas. Eu fico bem. Eu juro que fico bem.

Vou agarrar-me a elas, deitar-me e fechar os olhos. Esperando que o dia de amanhã chegue e a luz me venha dar os "bons dias".

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Photo by Josh Nuttall on Unsplash

A busca pelo método perfeito, como se fosse o próprio a elevar-nos ao sucesso. Uma falácia... Uma falácia comum, que eu mesmo já pratiquei.

É tão recorrente a procura dos mais diferentes métodos para se realizar as coisas, sejam eles treinos, apps ou mesmo mindsets. Tudo com o intuito de sermos melhores, mais produtivos e eficientes. Mas, todos sabemos que o cerne da questão não se baseia nas ferramentas que utilizamos, baseia-se sim na forma como as utilizamos.

Não vale a pena encontrarmos "o treino perfeito" se não formos consistentes com ele e não soubermos executar metade dos exercícios. Não vale a pena encontrarmos a "app perfeita" se não a sabemos utilizar e não utilizarmos metade das funcionalidades dela. 

Independentemente do ramo, arranja um método. Um que encaixe a ti e às tuas necessidades. Por mais simples que ele seja, se usado corretamente e consistentemente, trará mais benefícios que saltar de método em método. Mais tarde, quando já fores especialista no que usas, pensa em mudar para coisas maiores e mais desafiantes. Mas lembra-te: agarra-te às coisas simples primeiro, porque são elas que te prepararão para um dia saltares para as complexas. Um passo de cada vez.

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Photo by Glenn Carstens-Peters on Unsplash

Sentimentos como os de realização e orgulho pessoal são por vezes difícieis de alcançar. Não sabemos o que fazer realmente para nos sentirmos assim. Não sabemos como atuar para que eles notem em nós e nos abracem com toda a sua força. Eu por vezes também não, mas uma coisa eu sei...

Sei que não é pelas pequenas coisas que eles aparecem. Apesar de serem as pequenas coisas a criarem os alicerces para as grandes se formarem e ganharem asas, é o resultado final, as grandes criações e projetos que te darão esse nível tão grande de orgulho e satisfação próprio. Aqueles trabalhos que nunca pensaste ser possível fazer. Aquele projeto que tu criaste quase roçando as barreiras da impossibilidade. Aquela criação que tu disseste "Isto sou eu, eu fiz isto." 

Hoje senti-me assim, por isso digo o que digo. Digo e repito que todas as horas valeram a pena. Olho para trás, vejo o que fiz e isso mete-me um sorriso no rosto. Foi bom, mas sei que ainda melhores coisas virão. Porque eu quero mais.

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Photo by Zac Durant on Unsplash

Hoje, como prometido, trago um resumo do livro "Porque dormimos?" de Matthew Walker em PDF. Livro este que nos acompanhou nos últimos 9 dias aqui no Blog, com 9 posts em relação a ele.

Este livro trouxe-me um valor tremendo. Aprendi muito com ele e resolvi passar durante estes 9 últimos dias um bocado do que li e aprendi. Espero que tenham tirado tanto valor destes posts como eu tirei do livro. Quero acabar este mini projeto em grande, por isso, têm no final deste post um resumo em PDF do livro que podem descarregar para o vosso computador e ler quando quiserem!

Sintam-se livres de partilharem este post com quem quiserem. Quanto mais pessoas ajudarmos neste tópico tão importante, melhor. 

>>> Resumo em PDF do livro <<<

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