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A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

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21 Dez, 2019

Segundas famílias

Quão bom é termos amigos que são como família para nós? Quão bom é termos pessoas na nossa vida com quem nós podemos ser nós próprios, sem máscaras?

É uma das melhores coisas na vida, isso é certo. Passamos tanto tempo com eles, seja na faculdade, ou noutros momentos que uma boa relação é necessário para o nosso bem-estar.

Pessoalmente, sou grato por ter pessoas que considero uma segunda família ao meu lado. Sei que estão cá para mim, da mesma forma que estou aqui para eles. E isto é que é importante. Porque, pensando bem, não podia ser de outra maneira.

20 Dez, 2019

Quem somos nós?

E se estivéssemos sempre a ser observados? Estávamos sozinhos, mas, na verdade, não tão sozinhos assim. Nunca conseguiamos esconder nada de ninguém. Cada palavra falada, cada passo dado, tudo era registado.

Será que éramos a mesma pessoa? Ou que demonstrávamos ser a mesma pessoa?

É engraçado pensar nisto. É engraçado porque desta forma conseguiríamos ver quem realmente é ou não verdadeiro. Uma pessoa que na frente dos outros, consciente ou inconscientemente, atua como alguém que caso estivesse sozinho não atuaría; não é alguém verdadeiro. Mente tanto aos outros como a si próprio. E consequentemente nem ela, nem os outros ficam a conhecer quem ela realmente é.

Também é verdade que nunca nos conhecemos a 100%. Isto é um processo de uma vida. Dia após dia vamo-nos conhecendo cada vez mais. E se nós quisermos mesmo conhecermo-nos, mentir ou omitir a nossa personalidade e maneira de ser, não é um caminho a percorrer.

 

 

19 Dez, 2019

Sai à chuva

Quando chove apetece ficar em casa. Hoje foi um bom exemplo de um dia desses. Contudo, há sempre algo que nos faz sair do conforto da nossa casa. E é isso que distingue as pessoas umas das outras.

Umas estão dispostas a sair à chuva, da sua zona de conforto, do seu porto seguro, em busca de novas aventuras e desafios. Enquanto outras, preferem ficar na delas. Com o que conhecem e apenas com isso. Sem quererem mais e mais, contentando-se com o que são e com o que têm.

Sair à chuva é um desafio. Talvez te apercebas de algo que nunca te ocorreu. Talvez fiques a conhecer-te melhor. Talvez te tornes um melhor ser humano. Ou então, talvez não. Mas só saindo à chuva é que vais descobrir e teres a possibilidade para isso, por isso sai.

 

 

Não percebo o porquê de ser tão recorrente as pessoas falarem por meias palavras. Como se todos ao redor soubessem do que aquela pessoa está a falar. Se queres contar algo, conta! Se é para deixares palavras subentendidas, mas vale não contares nada.

Ninguém é bruxo e sabe o que os outros estão a pensar. Faz parte do ser humano ter a capacidade de comunicar com os outros, para, assim, se fazer entender. Desta forma, ajuda não só os outros, como a si próprio. Não há mal entendidos, dúvidas ou suposições. Tudo foi dito e nada nem ninguém pode argumentar o contrário.

É tão bom sentirmo-nos compreendidos, não é? Muito parte da nossa capacidade de explicação. Explicação esta por inteiro. Porque uma das piores coisas que pode acontecer é deixarmos todos ao nosso redor às cegas e ninguém perceber o nosso lado, sentindo-nos sozinhos e solitários. Se algo como isto é evitável, é preferível, por bem, evitar.

Ninguém passa pela mesma situação que ninguém. Todas as situações são únicas, nunca houve nem nunca haverá uma igual a outra.

Saber isto, consciencializarmo-nos disto, pode ser bastante útil até. Faz-nos abrir os olhos para os sentimentos de culpa que temos por falharmos em algo. Por não termos sido "suficientemente bons". Por alguém ter conseguido fazer e nós não. Entre muitos outros... A verdade é que muitos destes pensamentos são irrealistas. É compreensível sentirmos frustração quando falhamos em algo. É sinal que temos um objetivo e que existe algo que realmente queremos. Mas nunca comparando as nossas experiências com as de terceiros. Pois nenhuma experiência é igual a outra. E nada do que nós passamos é igual ao que os outros passam ou possam ter passado. Há sempre alguma nuance que muda que pode fazer a diferença. Não te martirizes por algo que não vale a pena.

Como Heráclito de Efeso uma vez disse: "Nenhum Homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio...pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o Homem".

Há algo melhor que chegar a casa e descansar a cabeça? 

Todos os dias estamos constantemente sob pressão com responsabilidades e horários a cumprir. Mas quando se chega a casa, muito disto desaparece. As nossas guardas baixam, o nosso coração desacelera e o tempo passa mais devagar. Conseguimos ouvir realmente o Tic-Tac Tic-Tac...E sabe tão bem.

Quem éramos nós sem estes momentos por mais pequenos que eles sejam? Não me consigo imaginar sem eles. Estes momentos, juntamente com uma boa noite de sono, são o que me recarrega as energias para conseguir enfrentar com garra o dia seguinte. Caso contrário eu não conseguia viver, apenas existir.

Quando pensares que já fizeste o suficiente, é aí que começa tudo a desmoronar. Baixamos a guarda e reparamos que não o era.

Colocar mínimos para serem atingidos, cria limitações. Limitações essas que nos impedem de chegar onde realmente queremos chegar.

Vamos esquecer os "mínimos" e apontar para o céu. Porque nunca devemos estar satisfeitos com os "mínimos", pois esses são fáceis de serem atingidos. Vamos abraçar os desafios difíceis porque são eles que nos fazem crescer.

Não gosto de esperar. Por nada nem por ninguém. Não gosto que algo esteja combinado a uma hora e não começa nas horas previstas. Talvez por ser organizado e me dar uma certa satisfação quando as coisas correm como esperado mas também por dar valor ao meu tempo.

Para além de não gostar de esperar, também não gosto que os outros esperem por mim. Senso comum portanto: não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti.

Não percebo o porquê dos atrasos. Não percebo como alguém consegue fazer alguém esperar. Claro que podem acontecer imprevistos. Todos somos vítimas de uns de vez em quando. O pior é quando situações destas ocorrem regularmente. Pois sabes que as pessoas estão à tua espera, comprometeste-te com elas e estás-lhes a falhar nisso. Dá a ideia de que não as respeitas. Nem a elas nem ao tempo delas. O que é muito errado pois o tempo é o que nós temos de mais precioso. Porque quanto mais passa, menos nós temos e consequentemente mais valioso se torna.

Ninguém te conta tudo. Habitua-te a isso. O que antes era difícil saber, hoje é mais fácil. Procura tu saber as coisas. Não dependas de terceiros para ficares a saber do que tu quiseres saber. Caso contrário, nunca o vais saber, infelizmente.

Todos os dias tanto encontramos pessoas que sabem algo que nós não sabemos, como passamos por pessoas que não sabem algo que nós sabemos. O que é recorrente é ambas as partes não partilharem dos seus conhecimentos um com o outro, ajudando-se assim mutuamente. E é normal isto acontecer. Seja inconscientemente ou por falta de interesse (de ambas as partes).

A verdade é que por muito que haja pessoas com más intenções, ainda existem pessoas com boas. Que ajudam os outros quando têm oportunidade para tal. E que até ficariam contentes se conseguissem ajudar com algo, nem que seja ensinar-te algo que não sabes. Mas para isso, a pessoa que quer aprender tem de procurar aprender. E é nisso que se baseia toda a nossa vida.

Quando somos pequenos, os nossos pais colocam-nos na escola para aprender. Com a intuição de que, daqui a uns anos, com todo o nosso conhecimento nos encaixemos na sociedade e no mercado de trabalho de alguma forma. O problema é que à medida que os anos passam, o modo de ensino vai mudando e chega uma altura em que já não te ensinam praticamente nada por iniciativa própria. E se não procuras aprender, não aprendes. Tornando mais difícil a tarefa de encaixar na sociedade.

Mas, a boa notícia nisto tudo é que nos dias que correm toda a informação que quisermos está à distância de um clique. Isto, para além de sempre termos as pessoas à nossa volta para nos ensinar. Pois é uma forma muito mais natural, descontraída e criativa de aprender e é a minha preferida. Assim, podemos aprender tudo o que quisermos. Porque, como se diz: o conhecimento não ocupa espaço. É preciso é querer.

Suponhemos que uma pessoa está sozinha numa sala. Uma pequena sala. Com apenas uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma porta, da qual não é possível ser aberta. Essa pessoa não pode ler, escrever ou mesmo falar com ninguém (pois está sozinha). Será que essa pessoa se aguentaria muito tempo lá sem dar em doida? 

Eu acredito que não. Tal ambiente é demais para o ser humano. Estar fechado num espaço tão curto sem saber quaisquer informações horárias e sem contacto com outros humanos é complicado para todos. Já para não falar no facto de não se ouvir nem ver coisas novas. Dia após dia os nossos sentidos alimentam-se exatamente pelas mesmas coisas e isto vai afetar o nosso psicológico. Psicológico esse que não pode ser limpo e desabafar através da escrita ou da leitura, o que só piora ainda mais a situação. 

Perante condições tão extremas como estas, o que resta ao cérebro fazer? Pensar. Pensar mais. E mais ainda. Pensar demasiado. Supondo e imaginando toda e qualquer situação possível. Levando-se claramente ao burnout, rapidamente.

O nosso cérebro tanto pode ser o nosso melhor amigo como o nosso pior inimigo. E parte de nós cuidar dele para o deixar saudável. Claro que na situação referida acima pouco ou nada se podia fazer, mas apenas se tratava de um exemplo e não é para ser levado como uma situação real, pois não a é. Coontudo, creio que serviu para demonstrar o poder e o impacto que o cérebro tem no nosso Ser. Daí a necessidade de todos nós (ou pelo menos devia) de preservá-lo e conseguir controlá-lo o mais possível, antes que ele nos controle a nós e não conseguirmos fazer nada em relação a isso.