Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

30 Nov, 2019

Conversas profundas

Fascina-me o que as pessoas conseguem alcançar com uma conversa. Mas não com uma conversa qualquer, conversa essa sim profunda, em que se fale da vida. Todos os dias faz-se tanta conversa pequena que os tópicos mais profundos e misteriosos são deixados de parte. É pena, porque são estes que permitem a conexão entre as pessoas.

Gosto de conversar. Conversar sobre tudo e sobre nada. Sobre a vida. Gosto de saber as opiniões das pessoas sobre certos tópicos e dar as minhas sobre outros. É incrível como este tipo de conversas consegue juntar pessoas. É impossível tê-las recorrendo apenas ao pensamento, tem de se recorrer também ao coração e assim, acabam-se por juntar.

Existem poucas coisas na vida melhores do que uma boa conversa. Uma conversa que realmente nos prende a atenção à outra pessoa. Em que a única coisa que existe no mundo naquele momento é aquela pessoa, nós e os pensamentos de ambos. Sentimo-nos completamente submersos na mente da outra pessoa e ela na nossa. E, de repente, 5 minutos passam a ser 30 e, esses 30 passam a ser 2 horas. Assim, num piscar de olhos. Pois quando estamos realmente focados no assunto nem damos pelo tempo passar. Quando isso acontece, é sinal que esse momento foi bom e que é uma experiência a repetir.

29 Nov, 2019

Dias nostálgicos

Ao longo da nossa vida, existem diversos casos inexplicáveis, apenas conseguem ser sentidos. A nostalgia é um deles. Quando ela nos bate, não há palavras que expliquem o que sentimos. É mais forte que nós e, quando a emoção não cabe no coração, acaba por nos escorrer pelos olhos.

Hoje foi um dia assim. Um dia em que percebi que o que é bom acaba depressa. Um dia que dava tudo para revivê-lo, mas ao mesmo tempo orgulhoso do que passei e do que vivi. O que me conforta é que aproveitei tudo o que tinha para aproveitar, sem arrependimentos.

A nostalgia quando assim é, é bem vinda. Serve para nos mostrar o passado, para mostrar o que passámos para sermos quem somos hoje. São momentos que nos são muito próximos e que serão relembrados certamente anos após anos.

28 Nov, 2019

Amigos ou "amigos"?

As amizades não são escolhidas por acaso. Por vezes pensamos que sim, que nos cruzamos com certas pessoas ao longo da nossa vida, e sem saber bem como e porquê, elas tornaram-se nossas amigas. A verdade é que este processo é todo muito bem calculado, seja isto consciente ou inconscientemente. 

As pessoas simpatizam com quem na sua presença se sentem bem, se sentem elas mesmas. Com quem conseguem manter uma conversa positiva, e que lhes transmita confiança e bem estar. É compreensível evitar pessoas negativas, que nunca estão felizes com nada e que só sabem reclamar com os outros. Já existe tanto negativismo no mundo, porquê manter uma amizade com uma pessoa assim? Esse mindset só nos ía deitar abaixo também, coisa que não é agradável e já que é evitável, o melhor é evitar mesmo.

 Como se diz: "Tu és a média das cinco pessoas com quem passas mais tempo." Por isso, as nossas amizades tomam um papel muito importante na nossa vida. E muitas vezes é difícil saber quem é mesmo ou não amigo. Sinto que a palavra "amigo" é utilizada de forma muito trivial como se toda a gente com quem convivêssemos o fosse, mas não é. Por exemplo: considero amigo a quem podemos contar tanto boas como más notícias. Esta é uma ideia do Dr. Jordan B. Peterson com a qual me identifico muito. Pois amigo é aquele a quem podemos contar tudo. A quem podemos dar boas notícias e eles nos parabenizarem e ficarem genuinamente felizes por nós, sem se vangloriarem por terem conquistados feitos maiores. E a quem podemos contar más notícias e eles nos darem palavras amigas sem inferiorizarem os momentos que estamos a passar. Isto é ser amigo. Amigo de verdade. 

Amigos destes, por vezes, são raros encontrar. Mas é como tudo, mais vale poucos e bons, do que muitos mas maus. 

Todos os dias sentimos algum tipo de resistência para as tarefas que temos de fazer. Frequentemente o que acaba por ser deixado de lado são as pequenas rotinas ou hábitos que estamos a tentar implementar na nossa vida. Isto porquê? Porque não dependem nem está visível a ninguém, só a nós. Falhar um dia ou outro, parece tão inofensivo. Não nos enfraquece perante outros, não nos coloca a descoberto. É tão fácil desistir quando as coisas se tornam difíceis. A nossa mente começa logo a pensar que não vai ser por uma falha que todo o progresso vai por água abaixo. Mas a verdade é que vai. Porque uma falha nunca vem só. A partir da primeira o cérebro habitua-se a isso e faz a segunda. E depois a terceira, a quarta e por aí em diante...

Ser consistente requer então disciplina. Saber que fazes as coisas por ti, sabendo que mesmo ninguém estando a ver, tu tens de fazer aquilo. Tens de conseguir ser o teu próprio crítico. Pois é nisso que a vida toda se baseia, se queres mesmo melhorar quem és.

Desde pequeno que sou fascinado por livros pois gosto de histórias. Tenho curiosidade em saber o que eles têm para contar. Tenho curiosidade em saber o que tenho a aprender com eles. E sou grato de sempre ter tido a oportunidade de ler muitos.

Houve um período da minha vida que deixei um bocado este hábito por terra, mas rapidamente o voltei a incluir e estou mais que satisfeito com o resultado. Costumo ler de manhã, e sinto que esses minutos de leitura me dão o impulso necessário para começar bem o dia. Começo o dia a aprender algo e faz com que o meu cérebro "aqueça" e se prepare para o resto do dia.

Porque é isto que as histórias fazem. Mexem connosco, no nosso cérebro. Fazem-nos deambular pelo desconhecido num completo mundo fictício. Sem problemas. Sem preocupações. Nada. Por estas e por outras é que os livros têm o poder que têm.

O Ser Humano sempre foi uma espécie muito egoísta nos seus pensamentos. Não partilhando muitas coisas com ninguém, mesmo que isso por vezes seja o melhor para ele e para os outros. Hoje isso não é diferente e é disso que venho falar aqui hoje, da forma como o ser humano deduz algo sobre as outras pessoas, mesmo não sabendo se isso é ou não verdade.

Atitudes destas afastam pessoas. E, normalmente, não é quem deduz que fica mais afetado, mas sim a pessoa do outro lado. Porque não faz ideia nenhuma do que se passa e mesmo assim está a levar por tabela. É injusto e incompreensível para mim que estes mal-entendidos sejam causados apenas pela falta de comunição. Uma coisa tão simples, mas que por vezes é vista como um bicho de sete-cabeças. Pois ao invés de falar e esclarecer, é recorrente ser preferível afastar.

Não é tão melhor falar? Porquê deduzir algo sobre alguém quando tens a oportunidade de saber a verdade perguntando-lhe? Muitas vezes a pessoa está do nosso lado todos os dias e mesmo assim somos incapazes de falar. Talvez porque somos fracos e preferimos deduzir a saber a verdade, não sei... A verdade por vezes dói. Mas, no meu ponto de vista: dói mais não saber a verdade e ter uma dedução, uma incerteza que nos corrói por dentro, do que enfrentar esse nosso medo de falar e ficarmos com a nossa consciência tranquila daí para a frente.

 

Quando era pequeno queria ser tanta coisa... Muitas delas já nem me lembro. Na altura era tão fácil. Metia na cabeça que queria ser aquilo e sabia que no futuro ia ser aquilo, como se não tivesse de fazer nada para atingir o meu objetivo, apenas crescer. Foi uma época realmente fenomenal. Claro que não tinha a noção e a perceção da realidade que tenho hoje, mas era isso que tornava tão mágico. Uma infância claramente baseada na imaginação e criatividade.

Hoje, entendo que este processo é muito mais complicado. Para além de não bastar querer para conseguir, enquanto em criança tinha pressa para chegar à idade adulta, hoje quase que nego esta passagem tão rápida do tempo. Tanto que quis que o tempo passasse e a verdade é que ele passou. Não digo que dava tudo para voltar atrás, provavelmente não dava, estou orgulhoso do que fiz até aqui, mas, sou sincero, assusta entrar na vida adulta. Quando eu pensava que o que custava era ser estudante, hoje, que vejo esta vida de estudante a chegar ao fim a passos largos, assusta; mas também me motiva. Porque, à semelhança de quando era mais novo, aceito sempre um bom desafio.

A inveja denomina-se pelo desejo de possuir o que outro tem, geralmente acompanhado de ódio pelo possuidor.

Este tema sempre foi algo que me intrigou bastante. Desde a emoção que ela nos causa, até aos pensamentos que ela nos traz sobre os outros. Não digo que nunca senti inveja, já senti e não foi uma ou duas vezes. Mas refletindo sobre a inveja em si, não me parece ser algo que nos traz benefícios, muito pelo contrário.

A inveja separa-nos das outras pessoas, diria tanto fisicamente como psicologicamente. Isto devido ao ódio que porventura criamos por essa pessoa, por apenas, ser, ter ou saber algo que nós desejávamos também. Mas, porquê querer o mesmo que os outros? Porque não aceitar o que temos e o que somos e sermos gratos por isso? A vida é uma jornada. Tudo o que gira à nossa volta é temporário, por isso, nada nos garante que no futuro não consigamos alcançar esse nosso desejo também. Se queremos mesmo algo, porque não trabalhar para ser ou ter isso, ao invés de odiar os outros pelo seu sucesso? Porque não parabenizá-los por isso e trabalhar para o nosso sucesso também? Tantas perguntas às quais a resposta a cada uma delas parece ser tão simples...

Concluindo, penso que a inveja é inútil. Não nos devemos preocupar com o que os outros são ou possuem. Devemos sim nos preocupar com o que nós somos e com o que temos. Querer mais não tem mal nenhum, mas odiar os outros por terem algo que nós não temos, tem. Querer ser melhor é muito bom, mas ter inveja pelos outros serem algo que nós queremos ser já é mau. São estas pequenas diferenças que podem mudar a nossa vida. Tornando-nos mais gratos, mais felizes e mais focados nos nossos objetivos. Porque não interessa o que queres ter ou ser, a partir do momento que não influencies negativamente os outros e que faças as coisas por ti.

É recorrente as gerações passadas falarem que a geração millennial é cheia de facilitismos. Como se essa geração tivesse culpa intrínseca disso mesmo e não tivesse sido a geração anterior a passar-lhes todos os valores.

É incompreensível para mim muita coisa que se diz relativamente aos facilitismos na geração millennial. Apesar do facilitismo existir, não penso que isso é necessariamente uma coisa má. Os tempos mudam, é normal alguns costumes mudarem também. Por um lado o facilismo, quando levado em demasia, pode habituar a população para uma realidade que não é real; mas por outro, quando levado nas medidas certas, acredito que possa ser beneficial.

Com facilitismos ou não, considero desnecessário rotular esta geração como tal. Porque não são os facilitismos que definem uma geração. Eram precisos muitos outros fatores para conseguir definir concretamente. E, tal como as crianças não se definem devido aos seus fatores externos, as gerações também não. Para ambos, é necessário educação, troca de valores e respeito, e para isso, estão cá as gerações anteriores para passar. 

21 Nov, 2019

Uma desilusão

É difícil engolir certas atitudes. É difícil quando as pessoas não superam as nossas expectativas, talvez por termos esperança nelas, talvez por termos expectativas a mais. Saber que até à data fizemos tudo por elas e no fim elas retribuem-nos desta maneira. É difícil...e dói.

Com isto, não quero dizer de todo que vou perder a esperança nas pessoas e deixar de ter expectativas sobre elas (se assim fosse, estávamos mal). Eu considero um risco calculado. Todos somos pessoas e errar é humano. Mesmo que certas atitudes sejam incompreensíveis para mim. Não vou deixar de acreditar em pessoas devido a atitudes de outras. Cada uma é diferente da outra e, felizmente, acredito que ainda existem boas pessoas neste mundo.

Pág. 1/3