Após um mês do #DesafioMenoséMais em que eu tenho tentado reduzir as horas de ecrã, principalmente em redes sociais, tenho a dizer que foi um sucesso!!

Durante este mês, não senti falta de ir mais frequentemente ao Instagram ou ao Facebook, pelo contrário, não queria ir lá porque sabia que tinha um desafio a cumprir. Uma forma de controlar mais afincadamente o tempo que lá passava, foi ativar as notificações. Selecionei 15 minutos. Ao fim desse tempo, a aplicação notificava-me que já tinha atingido o tempo e para o resto do dia não podia ir lá mais.

Este pequeno truque ajudou-me muito. Senti que ia lá quando queria, só tinha era de saber gerir bem o tempo. Desta forma, fiquei mais consciente com o tempo que tinha, e com o que o gastava. Senti-me em controlo. Algo que sentia que já não tinha há muito tempo e finalmente consegui tê-lo de volta.

Como os resultados deste desafio foram muito positivos e realmente senti-me bem com o decorrer deste mês. Escusado será dizer que é para continuar. Parece que transformei este desafio num hábito e estou feliz por isto.

A música é algo fabuloso. É uma arte. Ninguém consegue ficar indiferente a ela. Consegue provocar sentimentos e emoções que poucas outras coisas conseguem. Sendo até por vezes, quase que medicinal, diria eu.

É espetacular a forma como a música consegue mudar o nosso humor. Dependente daquilo que ouvimos, isso vai fazer com que nos sentimos de uma determinada forma. Isto porquê? Porque ela mexe connosco. Faz com que fiquemos no ritmo e isso entra-nos na cabeça. Influenciando assim o nosso humor.

Sabendo isto, decidi mudar algumas escolhas musicais que tinha. Decidi eliminar algumas músicas que tinham conteúdo depressivo/triste. Admito que adorava músicas deste tipo. Não sei, eram agradáveis ao meu ouvido. Mas quero começar a ouvir menos e menos este tipo de músicas. Agora, perguntam vocês: Isto vai mudar muito a minha vida? Não, não vai, mas acredito que melhorará um bocado. Não instantaneamente, mas gradualmente. Terei menos "vozes" ao meu redor negativas, o que vai fazer com que pense menos vezes negativamente. E isso, é o que interessa para mim.

O meu dia de hoje começou logo bem pela manhã. Fui surpreendido e é disso que vos venho falar hoje.

Hoje de manhã, pouco antes das 10 horas, fui à farmácia. Quando lá cheguei, fiquei boquiaberto. Tinha andado 15 minutos a pé à chuva para comprar comprimidos e a farmácia encontrava-se fechada. Li o papel e reparei que abria às 10 horas. Sorte a minha, a viagem não tinha sido em vão. Por isso, lá esperei.

Cinco minutos passaram, dez minutos passaram e nada. Nem sinal de alguém para abrir a porta. Quando, de repente, lá avisto uma mulher apressada, e digo: "aposto que é ela". E acertei, claro. Abriu a porta, enquanto me pedia desculpa e eu disse que não havia problema.

Entrei na farmácia. Ela atendeu-me logo. Entregou-me os comprimidos que pedi e perguntou-me se eu tinha o cartão das farmácias para o desconto. Eu respondi que não. E foi aí que esta história realmente começou. Ela fez mesmo assim o desconto, por eu ter ficado à espera, disse ela. Eu, muito grato, sem saber o que dizer, agradeci. Não estava à espera. A senhora acabou por falar mais comigo. Contou-me que o dia dela já ia longo, que já tinha ido ao armazém e que demorou a estacionar porque estava uma confusão de carros na rua com umas pessoas pouco pacientes quase se insultando umas às outras. Resumindo, saí de lá contente desejando à senhora que tivesse um excelente dia.

São agora 21:30 e este pequeno acontecimento não me passou ao lado. Sou sincero, gostei muito da atitude da senhora. Não pelo desconto em si, mas pelo gesto, pela energia e boa disposição que ela me transmitiu. O ideal era encontrarmo-nos com mais pessoas como ela. Infelizmente não se vê muito. Uma coisa é certa, tornavam todos os nossos dias um bocadinho melhores.

Com o meu hábito de correr frequentemente, veio outro hábito por arrasto, alongar todos os dias. 

Já tinha intenções de começar este hábito mais cedo, mas não calhou até há uns meses para cá. Isto porquê? Perguntam vocês. Porque eu sempre fui muito "preso". Claramente que a minha flexibilidade e mobilidade nunca foi o meu forte. Já nos tempos de Educação Física, eu era péssimo no que tocava a exercícios de flexibilidade. Tanto, que a minha professora chegava-me a perguntar: "Então não consegues mais?", supresa. E eu lá respondia que não e que nunca tinha conseguido mais que aquilo.

Quando comecei a correr, percebi que já estava na altura de mudar isto. Começar finalmente a ter mais mobilidade e flexibilidade. Isto porque acredito que também me ajuda na minha corrida. Tanto na prevenção de lesões, como na eficiência.

Durante estes meses, tenho alongado todos os dias. Tenho a dizer que falhei alguns, claro, mas pronto, nem tudo pode ser perfeito certo? Costumo alongar de manhã. Por vezes não é possível e por isso tento alongar à tarde ou mesmo à noite. Com isto tudo, tenho notado muitas diferenças mesmo! Não foi de um momento para o outro, nada disso. Mas ao longo do tempo, fui notando pequenas melhorias. E, olhando para trás, ver como comecei e como estou hoje, só tenho motivos de ficar orgulhoso de mim próprio.

Para além dos benefícios físicos, tenho sentido também benefícios a nível mental. Alongar relaxa-me. Tenho gostado deste tempo que tenho tirado para mim. Enquanto alongo, posso estar a ouvir a minha música descansado, um podcast ou mesmo silêncio total. Sabe pela vida! 

Se não alongas, eu recomendo a começares este hábito. Ou pelo menos a experimentar e tirares uma opinião própria sobre o tema. 5 minutos bastam, não há desculpas de não se ter tempo! Se já alongas, gostava de saber o que sentes em relação a isto.

Tira o casaco, põe o casaco, tira o casaco, põe o casaco,...

Alguém consegue entender este tempo? Ontem até esteve sol, dexei o casaco em casa (sim porque eu ainda não me conformei que já acabou o verão), soube mesmo bem. Hoje é o que é. Quase o dia todo chuva, nublado e com calor! Quase que o que apetecia era estar de manga curta e chapéu de chuva, com um tempo assim. Mas não vou fazer essas figuras em público e deixar as outras pessoas a pensar que sou maluco.

A meteorologia está cada vez mais imprevisível. Ora chove, ora faz sol, ora está vento, mas agora está nublado. Uma incógnita completa. Casacos saem e entram no armário constantemente. Nuvens aparecem e desaparecem tal como os casacos. Nada vem para ficar. Por isso pelo que parece, enquanto este tempo não se decide, o Outono vai ser um misto das restantes estações do ano, tal como o nosso guarda roupa.

Soube hoje, que neste mesmo dia se celebra o Dia Mundial da Alimentação. Fui pesquisar um bocado sobre isto para tentar perceber as razões que levaram a assinalar este dia como tal e os seus objetivos. Deparei-me com objetivos como:

"- Alertar para a necessidade da produção alimentar e reforçar a necessidade de parcerias a vários níveis;

- Reforçar a cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento;

- Alertar para a problemática da fome, pobreza e desnutrição no mundo; [...]"

Entre outros objetivos, mas este último fez-me pensar. Fez-me querer pesquisar e saber mais a fundo sobre o assunto. Todos temos noção da importância deste tema. Sabemos que acontece, infelizmente, em grande escala pelo mundo fora. Mas não sabemos ao certo, e é nisso que as estatísticas nos ajudam muito.

De acordo com a ONU, nos dias de hoje, existem 820 milhões de pessoas no mundo que ainda passam fome. Isto iguala a ligeiramente abaixo dos 11% da população mundial. Ainda de acordo a ONU, estes valores têm vido a aumentar muito ligeiramente desde de 2015. Até aí, os valores só desciam, felizmente, mas nestes últimos anos, tem aumentado ligeiramente. O que está a dificultar muito a meta do Fome Zero até 2030.

820 milhões de pessoas é muita gente. Custa só de pensar. Pensar no que sofrem, o seu dia-a-dia, os sacrifícios que fazem em busca de alguma comida, por mais ínfima que seja, enfim... 

Não me canso de dizer o quão sortudos somos por termos acesso a tanta informação, recursos e qualidade de vida. É algo que realmente devia ser muito mais valorizado do que realmente é.

Tenho esperanças que este panorama mundial venha a mudar e que estes números comecem a baixar novamente. E chegar eventualmente à Fome Zero. A verdade é que ainda temos um longo caminho pela frente. Mas também é verdade que já estivemos mais longe.

Nos tempos difíceis, é mais fácil guardar rancor que perdoar. Perdoar requer coragem, inteligência. É algo que por vezes era a última coisa que se queria, mas a verdade é que é algo necessário. É preciso deixar o ego de lado e aceitar.

Acredito que muito do perdoar passa por nos colocarmos no lugar do outro. Empatia com o outro pode ajudar a facilitar a situação. Isto porque, se pensarmos bem, toda a gente erra. E que, infelizmente (ou felizmente) errar faz parte do nosso dia a dia. Erros esses que fazem da nossa vida a jornada que ela é, e que fazem com que nós aprendemos com eles.

Com isto, parece-me plausível concluir que se deve explicar o nosso ponto de vista à outra pessoa. Falar com ela. Civilizadamente. Como duas pessoas adultas, remando ambas para o mesmo lado. Acredito que assim se consegue chegar ao resultado pretendido. À reconciliação. E no final, estão duas pessoas mais maduras e mudadas. Pois ambas conseguiram perdoar e ganhar a amizade de volta.

Por vezes o ser humano tende a exagerar a dificuldade de alguma tarefa. Talvez para intimidar, talvez para mostrar que está numa fase difícil e a sua vida é horrível. Não sei. O que eu sei é que isso muitas vezes não reflete a realidade. Mesmo sabendo que cada pessoa é diferente e temos todos os nossos pontos fortes e pontos fracos. Mas mesmo assim, sinto que muitas vezes fazem de alguma coisa um monstro de sete cabeças.

Ouvir outras pessoas falarem assim de algo que nós vamos fazer, causa-nos ansiedade. Ficamos com medo do desconhecido. Medo de falhar. Por vezes até faz com que comecemos a duvidar das nossas próprias capacidades. Ao que isto chega. Só por alguém exagerar da dificuldade de algo que na realidade pode nem ser assim tão difícil para a outra pessoa, pode levar a sérios problemas.

Sinto que não devemos ligar tanto ao que dizem. Ouvir, claro, mas deixar a mente suficiente aberta para conseguir criar uma opinião própria quando chegar o momento. Não ficando mergulhado na irrealidade de que algo vai ser muito difícil, quando isso pode nem acontecer. E no final, reparares que sofreste desnecessariamente.

Não cries demasiadas expectativas. Confia em ti. E pensa que, lá porque aconteceu aos outros, não significa que o mesmo te aconteça a ti.

Ultimamente tenho lido muitas perguntas e respostas no Quora, bem como alguns blogs que gosto de acompanhar. Com isto, tenho reparado que há demasiadas listas de "Como ser produtivo", "Como ser bem sucedido", entre outras. Atenção, eu sou suspeito. Admito que gosto deste tema e até o procuro de vez em quando para saber o que as pessoas têm a dizer. O problema é que há pessoas que podem levá-las demasiado a sério. Tomá-las como uma receita mágica para o sucesso. Como se fosse assim tão simples.

A verdade é que, queiramos ou não, estas listas são apenas listas. Dicas de pessoas diferentes, com perspetivas diferentes que pensam de maneira diferente sobre um tópico. Não há uma fórmula a seguir. Há sim, pequenos hábitos que te podem ajudar, mas se não partir de ti, os resultados não chegam.

Pensa que se fosse fácil, não havia tanta informação na internet sobre isso. E que apesar de toda a informação do mundo, se ela não for utilizada, é inútil. Se só bastasse ter a receita, éramos todos bem sucedidos.

Este é Eliud Kipchoge, o Homem do dia de hoje! 

A INEOS organizou um evento chamado INEOS 1:59. Evento esse com o objetivo de quebrar a barreira das 2h na corrida de uma maratona. Para tal feito, colaboraram com, nada mais nada menos que, Eliud Kipchoge, o maratonista recordista mundial com um tempo oficial de 2:01:39s. 

Este evento não conta para recordes mundias já que a prova foi realizada sobre condições específicas. Como por exemplo o local da prova: Viena e a utilização de pacers, que iam correndo ao lado do keniano marcando o ritmo que ele tinha de correr. Para além disto tinham um carro, com um laser que lhes marcava o chão, ajudando tanto os pacers como o keniano com o ritmo necessário para atingir o objetivo.

Ao fim de 42.2km, Eliud Kipchoge alcançou o que muitos pensavam ser impossível. Após uma prova muito sólida, acabou com um extraordinário tempo de 1:59:40s. Deixando assim o mundo boquiaberto e em êxtase. Eliud Kipchoge mostrou a todos que o ser humano consegue fazer tudo aquilo em que mete a sua mente a trabalhar para isso. Foi uma inspiração para mim tanto como corredor, como pessoa, porque nunca desistiu daquilo que sempre acreditou ser possível.

12 de outubro de 2019 será para sempre recordado. Obrigado por isto e Parabéns Eliud Kipchoge!

"No Human is limited" - Eliud Kipchoge