Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

A Jornada de um Estudante

Um Blog sobre aprender, ensinar e criar online.

Será que existe mesmo o tal de "bom" ou "mau"?

A verdade é que a vida é demasiado complexa para saber se algum acontecimento é realmente bom ou mau. Julgamos as coisas boas e más, como se prevíssemos o futuro. Mas nada nem ninguém consegue prever se algo é realmente bom ou mau a longo prazo.

Como William Shakespeare disse: "Nothing is either good or bad, but thinking it makes it so." 

O que faz com que nós vejamos as coisas como boas ou más, são basicamente os três pilares do estoicismo: a nossa perceção do que vemos, a compreensão do que vemos e as nossas crenças.

Ao mudarmos a nossa percepção, a nossa maneira de ver as coisas, conseguimos compreender de forma diferente as situações da nossa vida. 

É frequente colocarmos as culpas em terceiros quando algo na nossa vida corre mal. “Não tive boa nota no teste porque o professor não é bom.” “O meu dia teria sido perfeito se não tivesse este trabalho.” Se tomarmos mais responsabilidade e focarmos nas coisas positivas, a vida pode ficar muito mais simplificada. Se calhar, se não acontecesse tudo de “mal” na tua vida como aconteceu, tu não eras quem és hoje. É importante pegar nessas situações menos boas e transformá-las em situações positivas.

Como falei no meu último post, existe muitas situações que não estão sob nosso controle, mas a nossa percepção não é o caso. Temos total controle da nossa percepção e independentemente da situação cabe-nos a nós como lidar com ela. Seja de uma forma positiva ou de uma forma negativa.

 

Epicteto, um filósofo grego que referi no meu último post, viveu em Roma a maior parte do tempo sendo escravo. Dizem lendas que durante o mandato de Nero, o Imperador Romano, um dia lhe partiu uma perna durante uma viagem e não lhe forneceu nenhum cuidado médico. Foi aí que começou a jornada de Epicteto no no estoicismo, que mais tarde fundou a sua escola de filosofia estóica.

Durante a viagem, ninguém pansava que Epicteto sobrevivesse, devido ao estado em que se encontrava. A única pessoa que sabia que ele se ía safar era ele próprio. Ele sabia que precisava apenas de controlar a dor. Pensar noutra coisa, se abstrair da dor e controlar as suas emoções.

 

Aí encontramos uma das regras do estoicismo:

Foca-te apenas nas coisas que estão sob o teu controlo.

 

Epicteto sabia que a dor e a perna partida era um fator externo, era uma coisa que estava fora do seu controle. Uma coisa que estava sob seu controle era a forma como via a situação, o que pensar dela. De acordo com Epicteto, as emoções são derivadas daquilo do que pensamos, não das situações em si. 

Matutarmos nas coisas que não estão sob nosso controlo só dará em ansiedade acrescida e energia desperdiçada. Se focarmos naquilo que interessa e naquilo que podemos mudar realmente, evitamos stress, ansiedade e conseguimos ser muito mais felizes.

 

Todos nós temos disponíveis diariamente todas as ferramentas necessárias para o que queiremos fazer dos nossos dias. Para o que queremos melhorar de nós próprios. Mas muitas vezes isso, mesmo assim, não acontece. Seja por falta de motivação, preguiça ou procrastinação. Está visto que, mesmo tendo as ferramentas necessárias, a ação não se realiza, é preciso também ter o mindset programado. É aí que entra o estoicismo.

 

O que é o Estoicismo?

O estoicismo é um movimento filosófico originário da Grécia Antiga, em Atenas. Mas foi na Roma, que as ideias deste movimento mais se desenvolveram por praticantes como Sêneca, Marco Aurélio, Cato e Epictetus.

Como disse Sêneca:

"A Filosofia ensina-nos a agir, não a falar"

O estoicismo, de uma forma geral, ensina-nos a lidar com ambientes e situações stressantes, tornando-nos menos reativos a essas situações. Ajuda-nos a ganhar estabilidade emocional. 

 

Por enquanto, não me quero alongar muito. Vou deixar isso para os próximos posts onde vou falar das principais ideias dos filósofos referidos anteriormente. O que falei agora do estoicismo é só uma ponta do iceberg. Ainda há tanto para ser dito. Se queres continuar a acompanhar, não percas os próximo posts. 

 

 

14F4D2D5-BF81-4719-91BF-74407BDD1B8E.jpeg

Hoje acabei de ler Essencialismo de Greg McKeown. Um livro excelente, muito bem conseguido pelo autor. 

Uma das realidades nos tempos que correm é que estamos constantemente sob imensa informação. Desde publicidade, anúncios, do que passa na televisão e até mesmo nas redes sociais, somos bombardeados diariamente com demasiada informação. Isto leva a que por vezes seja difícil focar nas coisas essenciais da vida, deixando de lado as triviais. Este livro é a solução para esse problema.

São apresentados temas desde perguntarmo-nos o que é essencial para nós, o que eliminar e como eliminar. Todos nós praticamos o Essencialismo todos os dias, só nunca o chamámos pelo nome. Mas todos nós já optámos por umas coisas ao invés de outras. Porque só desta forma, ao eliminarmos os triviais é que conseguimos focar nos essenciais.

Se és uma pessoa que quer pegar nas rédeas e assumir o controlo da sua vida, este livro é para ti. Ler esta obra vai ensinar-te a viver a vida de uma forma mais simples mas de uma forma mais rica.

Keep it simple

 

Roger Federer dorme 12 horas por dia!

Um vídeo que vi recentemente, abordava o como alguns atletas de topo usam e abusam do dormir para estar em topo de forma. Atletas como Roger Federer, Usain Bolt e LeBron James dormem entre 10 a 12 horas por dia, com sestas a meio do dia estrategicamente incluídas. Isto é incrível! Eles dormem metade do dia e ainda são um dos melhores do Mundo!

O Neurocientista e Professor Matthew Walker, autor do livro - Porque dormimos? - chegou a trabalhar com muitos atletas seguindo o padrão de sono deles. Referiu que, o dormir para eles é essencial, tanto antes como depois de esforços físicos.

De acordo com Matthew Walker, dormir pode diminuir o risco de lesões, melhorar a tomada de decisões, melhora a capacidade de respiração entre outros parâmetros.

Os atletas de topo sabem bem os benefícios do sono. Dormir o necessário é uma prioridade para eles. Muitas vezes vê-se pessoas a sacrificar horas de sono para treinar ou estudar mais, quando o mais eficiente e produtivo era meter as horas de sono necessárias e preparar tanto o corpo como a mente para o que se avizinha.

 

Desculpa, não vou conseguir.
Saber dizer não é importante.
Apesar de muitas vezes ser difícil, mas a maioria das vezes tem de ser feito.
O nosso dia tem 24 horas, e muitas vezes não dá simplesmente para fazer tudo aquilo que queremos. Temos de definir prioridades e é aí que o não entra.
 
Dizer não requer coragem. Acontece que muitas pessoas dizem sim com medo de serem reprimidas pelos outros, ou para parecerem bem. Mas há que saber o que se consegue e o que não se consegue fazer. Há que ter prioridades. E, às vezes, o melhor é focares-te em ti próprio. Trabalhares de acordo com as tuas necessidades, ao contrário de trabalhares de acordo com as necessidades dos outros.
 
 

 

 

Será que uma multa só poderá ser negativa? Sim? Eu também pensava que sim, mas não. 

Uma esquadra da polícia em Richmond, no Canadá, também dá “multas” por comportamento positivo. Esta ideia veio de um jovem,  Ward Clapham, que se questionou se conseguia arranjar um método que prevenisse as pessoas de cometer crimes. 

Essas Multas Positivas eram dadas a pessoas que fizessem qualquer boa ação por mais pequena que fosse. Como colocar o lixo no caixote, por exemplo. As Multas Positivas não serviam para dar dinheiro mas eram permutáveis por bilhetes de cinema. A esquadra de Richmond, em média por ano, distribuiu 40000 bilhetes. Ao fim de uma década, a taxa de reincidência de crimes baixou de 60% para 8%. Apenas por dar um pequeno incentivo a praticar o bem.

Isto dá que pensar. A verdade é que é obrigação da sociedade fazer boas ações mesmo não sendo recompensado por isso. Mas por outro lado, penso que as pessoas têm muito a ganhar com esta prática. Na medida em que ficam mais motivadas por fazer algo bom e não são só “chamadas à atenção “ quando fazem algo de mal.

Isto faz-me lembrar aquela pequena história que um professor escreve no quadro a tabuada do 9. Em que começa por escrever 9x1= 10, mas depois o resto das contas escreve corretamente. Quando acaba de escrever, a turma toda risse. Ele pergunta porque se estão a rir e um aluno diz que o professor se tinha enganado na primeira conta. O professor aí diz que os alunos só notaram na única conta que ele errou apesar de ter acertado as nove restantes.

Sinto que o mesmo ocorre na nossa sociedade. Apesar de fazermos todos os dias coisas boas, as pessoas só vão notar e criticar quando fizermos coisas más. As pessoas muitas vezes precisam de motivação e reconhecimento pelo que fazem. Por vezes nem é preciso prémio nenhum. Um obrigado e umas palavras amigas já são o suficiente para mudar o dia dessa pessoa, mas nem isso costuma haver.

 

 

Hoje senti necessidade de escrever sobre o blog. 

Para que serve A Jornada de um Estudante?

Qual o conteúdo d'A Jornada de um Estudante?

Muito bem, A Jornada de um Estudante foi criada para eu colocar as minhas ideias "em papel", para ter uma plataforma em que conseguisse colocar os meus pensamentos de certa forma organizados. Ao mesmo tempo que, passava as minhas ideias, ambições, dúvidas e incertezas a quem lê desse lado. Senti necessidade disto. Penso que escrever sobre o que nos está a passar pela cabeça nos desenvolve mentalmente. Dá-nos espírito crítico, dá-nos responsabilidade.

O conteúdo que eu trago neste blog será mais variado do que inicialmente programei, confesso. Começou inicialmente por ser um blog virado para os temas de rotinas, hábitos e dicas de estudo. O problema é que sou uma pessoa com interesses nos mais variados campos. Por isso, pode-se dizer que o conteúdo deste blog é sobre a minha jornada como estudante que sou neste Mundo que vivo. Sobre tudo (ou quase tudo) daquilo que penso e queira partilhar com vocês, desde livros, podcasts, vídeos e experiências. Quero que à medida que vou percebendo melhor este Mundo, possa influenciar a vida das pessoas que lêem o que escrevo para melhor. É para isto que este Blog serve.

Por isso, tu que estás a ler isto,

Obrigado por leres!

 

WhatsApp Image 2019-08-13 at 17.00.51.jpeg

TED - Os Segredos de Comunicação das Conferências mais carismáticas do Mundo de Carmine Gallo é um livro essencial para quem queira fazer apresentações memoráveis e singulares.

Como no livro indica " As ideias são a moeda de troca do século XXI. O sucesso do futuro está reservado àqueles que sabem vender as suas ideias - e que sabem vender a si próprios."

Carmine Gallo escreve o livro de volta de três ingredientes para que uma apresentação seja de facto inspiradora, as palestras têm de ser: emotivas, singulares e memoráveis. Ao longo do livro, o autor explicita muito bem todos os truques e segredos dos palestrantes exemplificando com várias TED Talks. Após ler esta obra, é muito interessante reparar nos pequenos pormenores que antes passavam despercebidos. Pormenores esses que fazem com que aquela apresentação tenha o seu brilho. Se antes já admirava muito os Palestrantes, agora, vendo estas apresentações de uma maneira diferente, admiro-os muito mais. Tenho noção de que consigo perceber melhor quem eles são e a mensagem que estão a querer passar.

É um livro cheio de informação prática aplicável ao nosso dia a dia. Penso que toda a gente devia de o ler porque, nos dias que correm, é importante saber comunicar e passarmos as nossa ideias aos outros da melhor forma.

 

Deixo aqui algumas das TED Talks que mais gostei daquelas que foram abordá-las no livro:

Ontem à tarde, enquanto fazia a minha corrida, aconteceu algo que me marcou. Não foi nada por aí além, mas gostei tanto, que hoje, no dia seguinte, me lembrei e me colocou um sorriso no rosto.

Como disse, estava a correr, quando um miúdo com os seus 3-4 anos, diria eu, passa por mim de trotinete com o pai dele. À medida que nos íamos aproximando um do outro, fomos mantendo contacto visual. Quando ele passa por mim, eu sorrio-lhe e digo-lhe um simples "Boa!". Olho para o pai, ele sorri para mim. Após isso, ouço o miúdo a rir e a chamar pelo pai. 

Isto tudo aconteceu muito rápido. Foram uns meros 5 segundos, se tanto. Mas posso dizer que fez o meu dia. Foi aí que pensei: Pequenos gestos fazem a diferença.